segunda-feira, 14 de maio de 2007

ENTREVISTA

Entrevista: Alex Primo

por Fabiana Caldas

Depois de uma calorosa palestra, com direito a pequenas divergências entre os componentes da mesa, Alex Primo fala em entrevista ao blog Celacom-2007 sobre as possíveis dificuldades que o jornalista on-line pode enfrentar.

Confira no nosso podcast!

Vale ressaltar que a mesa redonda terminou às 12:45 apenas por intervenção da cordenadora da mesa, Raquel Recuero. Caso contrário, a discussão não teria fim. Primo concedeu a entrevista mesmo com fome. Muito obrigada.

PARABÉNS

Parabéns!

por Luiza La-Rocca

O celacom 2007 acabou com muito otimismo por parte dos alunos e da coordenação do evento. As expectativas parecem ter sido superadas, afinal mais de 350 pessoas se inscreveram para participar do congresso. Número bastante expressivo se levarmos em conta que estamos no final do semestre, provas, trabalhos, “TCCs”, e isso sem contar o frio que fez durantes os dias.

A Universidade Católica de Pelotas em especial a direção da Escola de Comunicação Social está de parabéns por ter alcançado tão significativamente este desafio. Os alunos que ajudaram na organização também foram de fundamental importância para o sucesso do evento.

Refletir sobre o Celacom 2007, é muito mais do que lembrar de palestras, discursos, perguntas ou discutições, mas lembrar de futuros comunicadores que não desapontaram. Alunos que abriram a “mão”, pagaram 35 reais, e que provavelmente tiveram que esquecer de um final de semana de festa, para participar de um dos eventos mais importantes para a ECOS.

Sem esquecer que participar de um congresso com este, serviu para muitos, como uma forma espetacular de chegar perto de autores consagrados. Nomes que se faziam presentes apenas na biblioteca, e que não nos permitiam um Feedback, mas que foi possível devido a força de vontade de professores, alunos, organizadores e apoiadores.

Por isso o que nos resta é agradecer a oportunidade e lembrar que momentos como este não podem ser esquecidos, ao contrário devem reforçar às iniciativas da direção e fazer com que novas experiências como esta sejam oferecidas aos alunos de comunicação social.

DIVULGAÇÂO

A boa divulgação contribuiu para o sucesso do evento

por Mariana Duarte

Que o Celacom 2007 foi um sucesso, não há dúvida. Mas dentre as razões, nós, comunicadores, não podemos deixar de dar crédito à boa divulgação que houve. Nesse caso, é quase impossível realizar um clipping e publicar neste blog, mas vamos rapidamente mostrar o apoio da imprensa pelotense a este evento.

Jornais – Os dois jornais diários impressos da cidade – Diário da Manhã e Diário Popular – abriram espaço para a publicação de releases e realização de reportagens em suas páginas. O coordenador do Celacom, Antônio Heberlê, juntamente com o diretor da escola, Jairo Sanguiné, fizeram visitas aos veículos para estreitar o relacionamento e conseguir esse espaço. Os jornais eram citados como apoio ao evento.

TV – O evento também foi divulgado na televisão, RBS TV e TV Pampa, além de divulgarem o Celacom também foram apoiadoras do colóquio.

Rádio – As rádios, em destaque para a Rádio Univesidade (RU), fizeram algumas chamadas para o Celacom, convidando à participação e divulgando os acontecimentos.

Internet – O site da Universidade Católica de Pelotas e do Celacom, obviamente fizeram a sua parte, mas aqui acreditamos que foi de grande valia a idéia da professora Raquel Recuero, que propôs como avaliação da disciplina de Jornalismo Digital, a cobertura on-line do evento.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

CONTEXTO

UNESCO que? Cátedra como? UNITWING? Não entendi!
Confuso? Saiba quem promove o Celacom e entenda o que tudo isso representa

por Francisco Lima

Celacom. Todos que lêem este blog e/ou participaram deste evento já devem estar bem informados sobre como este funciona e o que ele representa. Não?

Resumindo, o Celacom é um Colóquio Internacional que busca debater questões referentes a Escola Latino-Americana de Comunicação. É um congresso que acontece anualmente na Universidade Metodista de São Paulo, por iniciativa da Cátedra UNESCO de Comunicação.

Tá, tá... Mas e a Cátedra UNESCO de Comunicação? Que raios é isso?
A Cátedra UNESCO de Comunicação é uma das 23 Cátedras implementadas no Brasil pela UNESCO a fim de fortalecer o ensino superior nos países em desenvolvimento.Também, tem como meta integrar as Universidades em um sistema de redes para o intercâmbio de conhecimento.

Nesse programa, chamado de Programa de Cátedras UNESCO/Unitwin, são implementadas Cátedras em Entidades de ensino superior de prestígio, de maneira a fomentar e facilitar a cooperação internacional no ensino superior. Lembra que falei sobre a integração das Universidades? Pois é, UNITWIN (UNIVERSITY TWINNING) é a abreviação para redes e parcerias entre universidades.

Mundialmente, o programa envolve cerca de 500 Cátedras e Redes inter-universitárias. Para seu desenvolvimento são elaborados treinamentos, pesquisas e outras atividades de produção de conhecimentos que se relacionam as áreas de maior prioridade da UNESCO (Educação para Todos, Água e Ecossistemas, Ética e Ciências, Diversidade Cultural e Informação para Todos).

AINDA TÔ PERDIDO... UNESCO?

A UNESCO é a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, e trabalha para a horizontalidade de interação entre as civilizações, em respeito aos valores e aspectos culturais de cada uma delas. Articula entre os seus 192 Estados Membros e seis membros associados, ações que, em suma, buscam “construir a paz na mente dos homens”.

No Criança Esperança você já ouviu falar, né?

CÁTEDRA UNESCO DE COMUNICAÇÃO

Desde 21 de maio de 1996 a Cátedra Unesco de Comunicação está oficialmente em atividade, e de lá pra cá vem promovendo, apoiando e realizando eventos sobre comunicação, em pról do desenvolvimento regional. E novamente retornamos ao Celacom, que representa um, desses inúmeros eventos realizados pela Cátedra.

Um dos próximos a ser promovido é ECLESIOCOM – II Colóquio de Comunicação Eclesial – que acontecerá nos dias 30 e 31 de outubro para debater a Comunicação religiosa nas comunidades: étnicas, virtuais e eclesiais.

Finalmente, vale ressaltar que nesses 11 anos, a Cátedra mantém o maior acervo midiático da América Latina. Que a propósito é construido, principalmente, pelo pesquisador e catedrático dr. José Marques de Melo, o qual esteve em Pelotas para acompanhar as atividades do Cóloquio aqui realizado.

Ufa! Deu pra ter uma noção agora, não?

Se você ainda quiser se interar mais e ter acesso a lista com as outras 22 Cátedras UNESCO existente no Brasil, clique aqui!

NOTA

Pequenos imprevistos, histórias pra contar
Mesmo com alguns problemas, Celacom termina em clima de missão cumprida

por Francisco Lima

Celacom acabado. Sucesso! Mas parece que nem tudo foi um mar de rosas. Alguns imprevistos. Atrasos aéreos. Convidados que não puderam comparecer. Eventualidades que acontecem em qualquer evento.

O curioso, entretanto, foi a situação ocorrida no último dia. E num momento um tanto quanto inoportuno.

Justo quando Eliseo Verón, teórico em destaque no Celacom, se dirigia para o auditório Jandir Zanotelli, um senhor portando uma garrafa e visivelmente embriagado, começou uma pequena confusão.

Curioso, e aparentemente interessado, o senhor queria entrar porque aparentemente tinha um “tema” para acrescer aos debates, como ele mesmo gritava.

Por um momento, impediu a passagem, se pondo a porta do local. E como se não bastasse, ficou interessado no refrigerante de uma aluna, incomodando-a por um gole.

No final das contas tudo correu bem. Um segurança educadamente pediu que ele se retirasse, evitando maiores confusões. Quem viu a cena, com certeza não vai deixar de comentar.

NOTA

Alunos blogueiros em ação

por Francisco Lima

A professora Raquel Recuero afirma estar orgulhosa de seus alunos da turma de Jornalismo Digital. A partir de uma tarefa por ela proposta, os alunos dessa disciplina deveriam fazer a cobertura completa do Celacom 2007.

Parece que a cobertura superou as expectativas. Em seu blog, Raquel comenta sobre o evento, afirmando sobre as excelentes participações dos convidados, e com relação a seus alunos ainda acrescenta: “e uma grande cobertura da minha turma de Jornalismo Digital (#orgulho#).”

BLOGs

Este blog, o celacom-2007, é um dos trabalhos realizados pelos alunos da disciplina. Se você está interessado em conhecer os demais, acesse: celacom2007, coberturacelacom2007, especialcelacom e coberturasimplesmasesforcada.

OPINIÃO

Posicionamento da reitoria e da Ecos sobre o Colóquio

por Carolina Graziadei

Antes da abertura oficial do XI Colóquio Internacional sobre a Escola Latino Americana de Comunicação, nesta segunda-feira (07), o magnífico reitor da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), prof. Alencar Mello Proença deu sua opinião sobre a importância de trazer o evento para a universidade gaúcha.

Celacom 2007: O que o senhor acha de um evento deste porte ser realizado pela 1° vez fora de sua sede e a UCPel ser a anfitriã?

Prof. Alencar: “Fantástico, mas tudo isto deve-se pela presença e liderança do professor. Heberlê em trazer o evento para Pelotas, mas também destaco a respeito da habilidade do diretor atual , professor Jairo. Duas pessoas extremamente importantes para a universidade e que possuem um desempenho extraordinário em favor da escola de comunicação social e mais do que isso, reconhecer também que aqui é o berço de um número muito expressivo de comunicadores que estão em todo o país e alguns até no exterior. É importante que o CELACOM reconheça o valor da ECOS da Universidade Católica de Pelotas”.


Ao final da solenidade de encerramento do evento ontem (09), o diretor da Escola de Comunicação Social, que teve uma importância e destaque do início ao fim do colóquio, expõe sua opinião.

Celacom-2007: Diretor, qual a sua observação sobre o sucesso do CELACOM?

Prof. Jairo: “Nesse momento, faz-se uma avaliação positiva, mas informal porque provavelmente iremos fazer uma reunião com a direção da escola para uma avaliação mais formal, mas dá para adiantar que o evento superou todas as expectativas, em termo de inscrição, de público, de qualidades dos palestrantes, da própria participação dos nossos alunos q vieram à todas as conferências e que ficaram do início ao fim. Isto demonstrou uma maturidade da Escola de Comunicação e demonstrou, mais do que qualquer outra coisa que nós estamos preparados para receber outros eventos de grande porte como o CELACOM.”

ENTREVISTA

Entrevista: Eliseo Verón

por Rodrigo Guidotti

Nossa equipe entrevistou o destaque do Celacom 2007, Eliseo Verón. Fizemos a ele a seguinte pergunta: "De tudo o que o senhor viu nessa edição do CELACOM o que o senhor considerou mais importante?"

Confira a resposta no nosso podcast!

ENTREVISTA

Entrevistas: análises do Celacom

por Francisco Lima

A equipe do blog Celacom-2007 entrevistou alguns alunos do curso de comunicação social da UCPel - Henrique Gibbon, Eduardo Pontes e Antônio Carvalhal; a aluna Rebeca Recuero, participante de um dos GT’s sobre Cibercultura; a aluna e participante da Comissão Organizadora do Celacom, Gabriela Coelho; O diretor e professor do curso de Comunicação Social da UCPel, Jairo Sanguiné; e Maria Cristina Gobbi, representante da Catedra da Unesco - SP.

Perguntamos aos nossos entrevistados, qual a análise que eles fazem desses três dias de Celacom.

Maria Cristina Gobbi nos fala em especial, sobre a expectativa em se realizar o primeiro Celacom fora do Estado de São Paulo.

Ouça essas respostas, e outras entrevistas anteriormente realizadas, em nosso podcast!

3º DIA

Último dia de Celacom II

por Rodrigo Guidotti

Analisando o pensamento comunicacioal latino-americano através das idéias inovadoras e Eliseo Véron na noite do dia nove, Elisabeth Gonçalves da Metodista de São Paulo, falou da análise da revista de divulgação científica Scientific American Brasil tendo como base as idéias de Verón.

Já o convidado Fausto Neto, da universidade do Vale dos Sinos (Unisinos) comentou que um autor se faz de sua rotina e de sua praxe, disse ainda que Verón continua trabalhando coisas aparentemente simples, ou seja pequenos objetos que trazem pormenores da comunicação midiática. Segundo ele muitos jovens pesquisadores, desprezam essas coisas simples, mas são elas mesmas que acabam se transformando em resultados verdadeiramente reconhecidos como obras primas.

Giovandro Marcus Ferreira da Universidade Federal da Bahia, falou do assunto que ele titulou como as dez idéias inovadoras de Verón, questões como análise do discurso, a noção de contrato de leitura e a discursividade no fotojornalismo entre outras coisas disse que esse mesmo autor inova a partir do trabalho de um tema central como enunciação.

O último a falar antes do autor homenageando dessa edição do Celacom foi Sebastião Geraldo Nunes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que falou de sua formação profissional tanto no Brasil como na França onde conheceu e tomou ciência da importância e relevância desse autor para a área de ciências da comunicação.

Logo após Verón foi aplaudido de pé e discursou brevemente abordando questões como contrato de leitura, interação com suportes como a tv e suas esperiencias no clarin www.clarin.com.ar.

3º DIA

Último dia de Celacom

por Rodrigo Guidotti

MANHÃ

No último dia do Celacom 2007 a seqüência de palestras começou com alguns minutos de atraso, onde quem coordenou a mesa foi a professora da Escola de Comunicação Social da Universidade Católica, professora Raquel Recuero.

Na mesa convidados conhecidos na área da comunicação como: Alex Primo, Elias Machado e Vinícius Andrade Pereira da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e da Escola Superior de Publicidade e Marketing (ESPM).

VINÍCUS PEREIRA

Pereira iniciou uma apresentação dos fenômenose aspectos da cultura midiática contemporânea conhecida como “cultura Digital Trash”, apresentando um vídeo onde um garoto com pseudônimo Rafinha vive e desfruta de um mundo cheio de tecnologias, ou seja, uma representação de boa parte da juventude global que vive e se beneficia diariamente dessas evoluções nos suportes midiáticos existentes e em constantes mutações.

Pereira ainda falou de questões como liberação do pólo de produção de bens simbólicos, ressaltando que existe um absurdo de produçõesconsideradas lixo virtual que acabam emergindo como cultura através da web.

Um método de repetição de determinadas idéias e frases está emergindo nos suportes virtuais e colocando de lado diversos meios tradicionais de publicidade como banner´s e outras coisas mais, os chamados Spoof´s de uma tradicional cerveja norte-americana, de uma marca de refrigerante conhecida mundialmente e de heróis em quadrinhos também foram mostrados, deixando como idéia básica as novas estéticas e um novo universo de experimentação.

Encerrando sua explanação Pereira ainda comentou que as escolas de comunicação não devem ser desqualificadas, mas sim fazerem uma análise fina em cima dessas produções tituladas como “lixo digital”.

ALEX PRIMO

O segundo a falar nessa manhã foi Alex Primo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que apresentou slides com a premissa básica de discutir a micromídia digital, “estrutura midiática contemporânea”. Ele ressaltou que Trash não é lixo e que hoje existem filmes assim denominados. Ele ressaltou que lixo seria uma visão moderna e Digital Trash, pós-moderna.

Levantou uma questão interessante que foi a seguinte, poucos recursos para a produção são considerados lixos, mas o que dizer de produções com recursos enormes e que de certa forma não passam de porcarias como o programa do Gugu, do Ratinho e do Raul Gil. Primo ainda considerou de fundamenal importância o conhecimento das micromídias para o conhecimento da sociedade do século XXI.

ELIAS MACHADO

O terceiro e último convidado a dialogar sobre gêneros digitais e tipologias na internet, foi Elias Machado da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que ressaltou a importância essencial de pensar os gêneros e as tipologias historicamente, suas complexidades e modificações.

Machado disse ainda que “o homem é um ser tecnológico por excelência”. Chamou atenção para os cuidados como o fascínios com as novas tecnologias e práticas sociais de produção de comunicação e informação para que se possa interpreta-las, dizendo ainda que a universidade mais do que fazer uma crítica da prática deve interpreta-la a luz das circunstâncias históricas do momento e formular práticas efetivas e realmente funcionais nas mudanças que ainda necessitam ser feitas nessa área.

TARDE

No período da tarde assim como no dia oito, aconteceram os grupos temáticos (GT´s) que foram sediados no Campus II e tiveram vários temas como: Relações Públicas, jornalismo, publicidade e Propaganda, rádio, televisão, cinema e novas tecnologias, comunicação, educação e linguagens comunicacionais.

CURIOSIDADES

Sósias no Celacom

por Carolina Graziadei

Um Colóquio de renome internacional como o CELACOM também possui momentos de descontração. Por esta razão, para encerrarmos a cobertura deste que foi o maior evento de comunicação realizado pela Escola de Comunicação Social (ECOS) da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) em parceria com a Cátedra UNESCO de Comunicação DA Universidade Metodista de São Paulo, apresentamos os “sósias” que, pelo auditório central da universidade, estiveram durante os três dias de palestras. Confira.


JOSÉ MARQUES DE MELO e LUIS FERNANDO VERÍSSIMO

O atual presidente da Intercom, coordenador geral do CELACOM, jornalista, consultor acadêmico, pesquisador científico e professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo e da Universidade Metodista de São Paulo, José Marques de Melo, um alagoano carismático e de uma bagagem cultural de renome internacional, lembra, e muito o nosso jornalista e escritor gaúcho Luis Fernando Veríssimo, filho de um dos maiores escritores que o Rio Grande do Sul já teve em toda sua história, Érico Veríssimo. Aliás, as semelhanças não param apenas no “físico”: os dois foram frutos de uma mesma geração de jornalistas que com suas idéias e, principalmente, vontade de crescer e agregar valor á nossa cultura, tornaram-se ícones para as gerações seguintes.

Mais informações sobre a formação acadêmica de José Marques de Melo aqui!

VINÍCIUS ANDRADE PEREIRA e LUIZ THUNDERBIRD (ex-VJ da MTV)

O doutor professor da ESPM do Rio de Janeiro, Vinícius Andrade Pereira, chamou a atenção de alguns que assistiram a mesa redonda no terceiro e último dia de CELACOM no qual fazia parte, pela sua brilhante exposição sobre a cultura “digital trash”, mas também pela semelhança física com o um dos pioneiros da MTV Brasil, Thunderbird. Para quem não lembra, ele fazia parte da primeira turma de VJs da MTV, em 1990, com os também pioneiros Maria Paula, Cuca, Astrid Fontenelle, Gastão e Zeca Camargo. Na MTV, ele apresentou diversos programas como "Cep MTV", "Lado B", "Contos de Thunder" e "Supernova", ao lado da VJ Didi, entre muitos outros. Chegou a trabalhar na Rede Globo e Manchete, mas retornou a casa, e apresentou o "Tempo MTV", no qual fazia a retrospectiva dos dez anos de existência da emissora no Brasil. Além do mais, os dois possuem o mesmo tom de voz.

ALEX PRIMO e FERNANDO MUYLAERT

Formado em publicidade e propaganda pela UCPel, Alex Primo é doutor em Informática na Educação e coordenador do Laboratório de Interação Mediada por Computador (LIMC) na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Sua apresentação na mesa redonda 3, ao lado de Vinícius Pereira, Primo conseguiu “encher os olhos” dos congressistas que ali estavam, onde abordou, entre outras coisa, mídia de nicho, que seria as TV por assinatura, por exemplo. Seu sósia Fernando Muylaert trabalha, ironicamente, no Multishow, onde apresenta o programa de entretenimento “Vida Loca Show”. Muylaert apresenta reportagens curiosas e diferenciadas com uma visão divertida e descontraída, levando ao público jovem informação e conteúdo em uma linguagem dinânima, e também recebe convidados especiais em seu apartamento, onde situações inusitadas acontecem, interagindo e complementando as matérias com muito bom humor.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

3º DIA

As idéias inovadoras do argentino Eliseo Verón
No último dia de Celacom o teórico fala sobre as suas teorias comunicacionais

por Nathalia King

Com a frase "me sinto muito bem no Brasil", Eliseo Verón, iniciou sua trajetória de sucesso no Celacom 2007. No último dia de exposições, logo após as apresentações de professores e teóricos da comunicação discutindo o tema "Pensamento Comunicacional Latino-americano: as idéias inovadoras de Eliseo Verón", o próprio encerrou o colóquio dando a sua palavra.

Antes de tudo, elogiou Antônio Heberlê, o famoso Toninho, que foi um dos organizadores do evento. "Sempre que as coisas estavam no lugar, ele sumia, mas quando surgia algum problema, lá estava ele", disse Verón em tom de brincadeira.

O pesquisador iniciou falando sobre alguns de seus trabalhos, inclusive na rede do jornal argentino Clarín, que possui também outros produtos, como revistas. Ele afirma que o pensamento dos engenheiros está relacionado diretamente com o pensamento dos comunicadores, pois, atualmente, entramos em um novo paradigma da Comunicação, com um modelo mais matemático, com mensagens e ruídos.

Além disso, ele lançou a idéia de um novo caráter da comunicação não linear, onde a mensagem chega para a sociedade de uma maneira mais complexa nos lugares que possuem mais mídia. Assim, a produção busca uma convergência, o que, de acordo com Verón, tende a acentuar nos próximos 20 e 30 anos.

Ele divide a Comunicação em dois momentos, o Campo Conceitual, onde cita teóricos como Pierce, que pesa no abstrato; Culioli que ignora a língua e a fala, dando valor somente à linguagem, pois esta é um "sistema deformável e flexível"; e prevê uma articulação da teoria dos sistemas auto organizantes com a linguagem da enunciação e uma re-leitura do próprio Pierce.

O outro momento seria o Campo Eletrônico, o mais discutido atualmente no mundo. Aqui, indo de acordo com diversos teóricos que já estudamos em aula, o pesquisador diz que o Jornalismo Eletrônico é diferente do Jornalismo atual, o tempo real da TV está desaparecendo aos poucos e, que, a TV terá um fim próximo. Assustador, não? Sim, mas ele diz que estes são assuntos que ainda devem ser repensados, pois se necessita de muito mais trabalhos do que já existe hoje.

Por fim, Verón fala do desejo de abrir um Centro de Comunicação e Semiótica no Nordeste, mais precisamente no Estado de Alagoas com o objetivo de reflexão, pesquisa e formação. Pois, de acordo com ele, as universidades estão em inércia atualmente e assim não é possível inovar. "Precisamos de instituições autônomas, a evolução exige pensamentos novos", afirma ele.

Muito aplaudido, ele levanta-se, agradecendo ao público e deixando como mensagem a proposta de muito trabalho pela frente.

Para refletir:

"Toda cultura está num pote de iogurte".
Eliseo Verón

LANÇAMENTOS

Celacom e o lançamento de livros

por Nathalia King

Dia 7 de maio, durante o segundo dia do Celacom, além de todas as palestras e discutidas entre os palestrantes e os alunos, aconteceu no saguão do auditório, o lançamento de livros da área da Comunicação, com a presença de seus autores, dando oportunidade aos alunos de conversarem de perto com os teóricos.

Os livros lançados no Celacom foram os seguintes:

MOVIMENTO

Um debate para todos, mas sem todos
Metade dos alunos da Ecos não compareceram ao encontro

por Fabiana Caldas

Aproximadamente 350 inscritos lotaram o auditório Central da UCPEL os três dias de discussão sobre a Escola Latino-Americana de Comunicação. O Celacom movimentou cerca de 50% dos alunos da Ecos e trouxe mais de cem visitantes a Pelotas.

A Escola de Comunicação Social abriga 514 alunos. A participação foi de certa forma surpreendente, garantindo o sucesso do colóquio. No entanto, dada a importância do encontro, é lastimável que muitos deles não compareceram. A maioria dos alunos perguntados a respeito apontou a falta de dinheiro como um dos principais motivos. Outros decidiram aproveitar os dias para viajar, colocar os trabalhos em ordem ou mesmo descansar, já que as aulas foram suspensas.

No que se refere à questão financeira, o diretor da escola Jairo Sanguiné diz que tudo foi feito para ajudar os alunos. "Estávamos aceitando até cheques pré-datados", afirmou ele. Jairo ainda passou em algumas salas avisando aos alunos interessados em participar que haveria uma flexibilidade no pagamento. Os bolsistas do PROUNI tiveram desconto de 40% na inscrição. “Quem não veio foi porque faltou interesse, na nossa turma nos motivamos para participar. Alguns disseram que não iam entender o colóquio, mas a maioria veio e está sendo muito bom”, disse Ricardo Fabres que é aluno do 1º semestre.

Infelizmente os ausentes, com bons motivos ou não, perderam um importante canal de enriquecimento teórico sobre os rumos da Comunicação Social. Essa foi uma excelente oportunidade para conhecermos grandes nomes da Comunicação, aprofundar nossos conhecimentos e até estabelecer contatos com tais personalidades. Afinal melhor abrirmos todas as portas possíveis para um futuro promissor. Fica a dica para os próximos encontros!

3º DIA

Pensamento Comunicacional Latino Americano: As idéias inovadoras de Eliseo Verón

por Jerusa Michel

Chegamos ao último dia do XI CELACOM e talvez o mais esperado de todos. Grandes autoridades se juntaram para discutir o “Pensamento Comunicacional Latino Americano e as Idéias Inovadoras de Eliseo Verón”, personalidade homenageada do CELACOM 2007.
Argentino, com formação basicamente filosófica e sociológica, Eliseo Verón representa um pensamento inovador em comunicação na América Latina. Caracterizado pelo ecletismo, por atuar em diferentes campos, e pela polêmica por buscar um novo rumo para as ciências sociais e criticar idéias sólidas.

Em seu pensamento, Verón traz a ideologia aplicada à sociologia para a análise da comunicação e, da preocupação pela interpretação ideológica dos meios, passa a buscar uma síntese teórica entre psicanálise, marxismo e lingüística estrutural. Inicialmente estuda a comunicação ligada a fatores políticos e dedica-se ao estudo dos discursos sociais nos meios de comunicação: imprensa, rádio e televisão.

As práticas sociais de diversos tipos, tanto políticas, como religiosas e ocupacionais, têm sido transformadas pelos meios, mas o argentino mostra-se resistente à aceitação da idéia de “poder total” dos meios e prefere enxergá-los como fenômenos em si mesmos. Para o estudioso, a televisão cumpriu nos últimos vinte anos um papel civilizador extraordinário, mas com a crescente fragmentação do público, a era das grandes audiências se acabou. Segundo Verón, um suporte de comunicação não é bom nem ruim. Depende da forma como é utilizado e, com a fragmentação do público, pode-se supor que os meios desempenharão outras funções.

Tão grande pesquisador só poderia ser ter suas idéias abordadas por grandes nomes da comunicação como Antonio Fausto Neto, Elizabeth Gonçalves, Giovandro Marcos Ferreira e Geraldo Nunes que apresentaram de forma brilhante conceitos e idéias sobre o assunto em questão. Como fechamento brilhante do evento, nada melhor do que ouvir o próprio Verón e suas idéias inovadoras.

LEIA TAMÉM:

NOTA

As Relações Publicas nos GT's

por Jerusa Michel

O GT 1, coordenado pelo Prof. Dr. Sadi Sapper e pela Profa. Mestre Margareth Michel, que englobou os trabalhos de Iniciação Científica e pesquisa acadêmica foi bastante concorrido. Na terça-feira os participantes apresentaram seus trabalhos os quais tiveram grandes contribuições do público presente, estendendo-se até as 18 horas. Na quarta-feira os trabalhos apresentados também foram bastante debatidos pelos presentes. Durante as apresentações a ECOS novamente mostrou que seu corpo docente se destaca: uma das participantes - Carla Schneider mestranda da PUC/RS ao apresentar seu trabalho “Relações Públicas e o uso do personagem virtual como interface estratégica de relacionamento com os públicos” fez referência ao painel apresentado pela manhã, presidido pela Profª. Raquel Recuero sobre Gêneros Digitais, tipologia da Internet que contribuiu para a pesquisa da sua dissertação e mencionou que na área de Relações Públicas a bibliografia é escassa e ela só conseguiu dois artigos sendo que o primeiro a ser publicado na área foi produção da Profa. Margareth Michel, na ECOS Revista em 2001.

3º DIA

Mundo Digital toma conta do CELACOM

por Rebeca Recuero

A manhã deste último dia de CELACOM foi focada diretamente no mundo virtual. Grandes nomes de pesquisadores da cibercultura estiveram presentes na terceira mesa redonda do congresso, coordenados pela professora doutora Raquel Recuero da Universidade Católica de Pelotas (UCPel). O tema que norteou as exposições foi “Gêneros Digitais: tipologias da Internet”.

Abrindo a mesa, o Professor Vinícius Andrade Pereira da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), abordou o fenômeno da cultura midiática da atualidade denominado de “Digital Trash”. Vinícius apresentou a importância da compreensão das novas linguagens midiáticas provenientes da juventude do século XXI que propõem novas formas de comunicação efetiva, exigindo assim, que os profissionais das áreas de publicidade e propaganda e jornalismo adaptem-se ao meio virtual.

Logo após, entrou em cena o professor doutor Alex Primo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) que abordou (conjuntamente com uma bela apresentação visual) a Micromídia Digital. Ele apresentou uma nova forma de se compreender o suporte Digital, onde defende que, na mídia digital, há uma busca pela reputação do indivíduo e não pela fama, como é o caso das mídias dos meios de comunicação de massa. Para Alex, o “sentir em conjunto é um fator de socialização”.

O último palestrante, o professor doutor Elias Machado da Universidade federal de Santa Catarina (UFSC), apresentou a importância da pesquisa no jornalismo digital, enfatizando o fenômeno da adaptação dos tradicionais meios de produzir informações dentro do ciberespaço. Ele defendeu que “não é necessário que toda a informação seja remodelada em formas especiais no ciberespaço, pois, se elas existem ainda nas formas tradicionais, é porque alguém as lê.”

Após as exposições, ocorreu o debate entre palestrantes e o público ouvinte, gerando uma produtiva e interessante conversa sobre a cibercultura e a sua situação atual. Por fim, Alex Primo finalizou a mesa dizendo que “a cibercultura não pode ser entendida como o jornalismo tradicional”.

LINKS RELACIONADOS À PESQUISA DO CIBERESPAÇO

ENTREVISTA

Entrevista: alunos dos primeiros semestres

por Rodrigo Guidotti

O blog Celacom-2007 entrevistou 3 alunos dos primeiros semestres do curso de Comunicação Social, a respeito de suas impressões sobre o curso a partir do contato mais direto proporcionado pelo Celacom com teóricos renomados na área. Será que eles pensam diferente agora, ou continuam com as mesmas idéias sobre a pratica e teoria da comunicação?

A resposta em nosso podcast!

ATRATIVOS

Sabor de Café e cheirinho de doce Pelotense no Celacom 2007


por Luiza La-Rocca

Como nem só de palestras e atividades peculiares de um Colóquio Internacional vivem os congressistas, um bom café e um irresistível doce são uma boa pedida. A cafeteria “Café Armazém” e a “Doceria Berola” estão presentes no CELACOM 2007.

Logo no saguão de entrada do auditório central da Universidade Católica de Pelotas encontram-se as duas opções mais doces do celacom. A aceitação dos congressistas é considerada boa. Vânia Danilla que trabalha na Berola estava surpresa, “em cinco minutos esvaziei uma bandeja de doces”.

Os doces da Berola custam R$ 1,25. Os mais vendidos têm sido as tradicionais troxinhas com amendoin, bem-casado e o “famoso” ninho. A empresa também abriu uma loja dentro do campus I da Ucpel que já funciona há um mês.

O Café Armazem está servindo o “pretinho básico”, gratuitamente aos participantes do CELACOM. As atentendentes Oneída e sua filha Pâmela Furtado servem a todos com muita simpatia. No primeiro dia do evento foram servidos 14 litros de café, “seguindo neste ritmo, até o final do evento mais de 30 litros de café serão servidos”, destacou Oneída.

Cafezinho e doce, uma combinação que foi aprovada pelos participantes do CELACOM 2007. “Adoro doce, e café mais ainda, nada melhor para esta noite fria que faz hoje”, complementou o aluno de Jornalismo e congressista José Finkler.

ENTREVISTA

Entrevista: Antônio Carlos Hohlfeldt

"Jornalista não sabe perguntar" diz Antônio Hohlfeldt

por Valério Cabral

O jornalista e professor universitário, Antônio Carlos Hohlfeldt, participou no segundo dia do Celacom 2007, de uma mesa de trabalho onde as idéias de Luiz Betrão e Paulo Freire, relacionadas ao Pensamento Comunicacional Latino Americano, estiveram em pauta. Além do tema proposto, Hohlfeldt ainda respondeu à perguntas do público e destacou que o jornalista deve buscar alternativas no meio onde está inserido, para fazer uma comunicação imparcial.
Bem humorado, em entrevista ao ao blog Celacom-2007, ele ainda disparou contra as universidades de comunicação, que em sua visão, não preparam o jornalista para questões básicas da profissão, como as entrevistas.

Ouça no nosso podcast!

ENTREVISTA

Entrevista: Elizabeth Duarte

por Mariana Duarte

O blog Celacom-2007 conversou com a professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Elizabeth Duarte, sobre a importância da segunda mesa redonda para o contexto geral do colóquio. Ela apresentou o trabalho "Gêneros e formatos na TV".

Confira no nosso podcast!

terça-feira, 8 de maio de 2007

2º DIA

Pensadores da Comunicação debatem as idéias de Freire e Beltrão


por Francisco Lima

No segundo dia de Celacom, a mesa do Colóquio 2 expôs trabalhos referentes ao Pensamento Comunicacional Latino Americano, mais especificamente abordou-se as idéias pioneiras de Luiz Betrão e Paulo Freire. Para essa apresentação estiveram presentes Ana Carolina Temer, Valério Brittos, Antônio Hohfeldt e José Marques de Melo.

ANA TEMER

Logo ao início da apresentação de Ana Temer, da Universidade Federal de Goiânia, a frase de Jorge Gonzaléz: “O mundo não é organizado, mas organizável” explica o seu trabalho “Apontamentos sobre o jornalismo na televisão”. Nesse trabalho, ela observa uma diferença entre o gênero no telejornalismo e no jornalismo impresso, apontando o telejornalismo como um gênero televisivo pela sua inserção na programação – basicamente de entretenimento. A necessidade de distinção explica a existência dos gêneros na classificação e organização de tipos.

Nesse sentido, ela aponta uma contradição no jornalismo para TV, pelo choque entre seu cunho sócio educativo com a sua natureza de espetáculo. O jornalismo enquanto gênero televisivo é visto também como entretenimento. Para sustentar-se o jornalismo precisa vender-se; se ninguém vê, não existe. Em sua apresentação, Tamer justifica a vigência desse formato pela credibilidade construída ao logo de toda história do telejornalismo brasileiro. Ela ainda afirma, que foi a partir dele que analfabetos e pessoas sem acesso ao jornal impresso foram incluídas no processo midiático.

VALÉRIO BRITTOS

Valério Brittos, de maneira mais abrangente, apresentou a “Midiatização, Educação e direito no capitalismo contemporâneo”. Em um primeiro momento ele afirmou a necessidade de se levar em consideração o capitalismo na análise da comunicação. Quanto mais ele avança, maior é a centralidade na comunicação – maior é a verticalização. Por isso é necessária a produção de alternativas para a essa mídia massiva e alienante.

Como obstáculos nesse processo, Brittos aponta a dificuldade de publitização, ou seja, a grande quantidade de filtros que atravancam a produção de sentidos; e as precárias condições de educação, que permitem que os cidadãos sejam mais suscetíveis a alienação.
Também, a midiatização precária contribui nesse processo. Segundo o professor da Unisinos, é necessária uma midiatização mais plena, em que a informação deixe de ser superficial. Em sua opinião, falta um debate da mídia pela própria mídia.

ANTÔNIO HOHLFELDT

De forma complementar a apresentação de Brittos, Antônio Hohlfeldt foi mais específico no que diz respeito aos teóricos em questão: Freire e Beltrão. Apresentou os contextos histórico-culturais semelhantes aos quais esses pensadores estiveram inseridos durante suas vidas, e fez a relação de seus pensamentos, apontando a continuidade e complementação de suas teorias.

Ambos analisam a comunicação de maneira horizontal, onde não há um elemento superior, mas sim, dois sujeitos em pé de igualdade, que trocam experiências. Freire limitava-se a comunicação interpessoal, Beltrão partiu pra comunicação mais grupal, ou massiva. Por isso a complementação entre esses pensadores. Mesmo trabalhando separados, foram coerentes um com o outro em seus pensamentos a respeito da comunicação.

JOSÉ MARQUES DE MELO

Por fim, José Marques de Melo, que foi aluno de Luiz Beltrão e colega de Paulo Freire, encerrou a abordagem sobre o pensamento desses teóricos da comunicação, afirmando sua importância para a comunicação hoje. Em uma fala atraente, contou sobre a influência que sua vida profissional teve devido a Freire e Beltrão, afirmando com entusiasmo: “são pensadores que precisam ser retomados, porque mostram como buscar alternativas para democratizar a comunicação”.

ENTREVISTA

Entrevista: Jairo Sanguiné

por Nathalia King
Foto: Mariana Duarte
Desde o início deste semestre, a Escola de Comunicação Social da UCPel possui um novo diretor: o estimado professor Jairo Sanguiné. Graduado em Comunicação Social pela própria Católica e com mestrado em Desenvolvimento Social pela mesma, Jairo leciona as cadeiras de Redação I e II e Assessoria de Imprensa, além de coordenar o projeto de extensão em Jornalismo Comunitário.

Encarando seu primeiro grande evento na Faculdade, o CELACOM, ele concedeu uma entrevista para a nossa equipe onde conta suas impressões sobre o Colóquio, participação dos alunos, troca de experiências e, o tão esperado 50 anos da ECOS em 2008.

Celacom-2007: Qual a importância de realizar o CELACOM na UCPel aqui na cidade, depois de tanto tempo sendo realizado em São Paulo?

Jairo Sanguiné: Na verdade vai ser um marco na escola de Comunicação este Celacom ter sido realizado aqui em Pelotas, por ser a 1ª vez que ele sai de SP. Então para nós é um honra, um orgulho muito grande fazer isso em função dos 50 anos que a Escola deverá comemorar ano que vem. Assim, é fundamental para os nossos alunos, mais do que qualquer coisa, a proximidade com os teóricos, com os pesquisadores da comunicação que eles terão oportunidade de conhecer de perto aqui.

C-2007: Como primeiro grande evento que tu estás como Diretor da ECOS, qual a expectativa para os resultados do CELACOM?

JS: Primeiramente, eu acho que só o fato da gnt ter conseguido organizar o Celacom aqui já foi uma grande vitória. Segundo, nós estamos no segundo dia e já dá para fazer uma avaliação absolutamente positiva do encontro, pelo nível de participação dos alunos, pela qualidade dos trabalhos apresentados e pelo volume de pessoas que está circulando aqui neste debate. Então pra nós representa o sucesso desse evento.

C-2007: Como um Colóquio internacional, com palestrantes e participantes de toda a América Latina, o que tu esperas dos alunos da ECOS?

JS: Eu estou satisfeito com a participação dos alunos da Ecos. Eles participaram massivamente do encontro, fizeram as inscrições, estão vindo a todas as palestras, estão ficando até o final, comportando-se muito bem, fazendo perguntas pertinentes, dando demonstração aos grandes pesquisadores brasileiros do potencial que nós temos aqui na nossa Escola de Comunicação, o potencial dos nossos alunos.

C-2007: A comunicação na Internet tem sido tema constante de congressos e discussões, inclusive aqui no CELACOM. Como diretor do curso, qual a tua opinião sobre isso?

JS: É um assunto que não tem como não se discutir em qualquer congresso em qualquer encontro de comunicação. A Internet hoje é discutida por toda pessoa que viva ou de alguma forma tenha algum contato, por menor que seja, com alguma atividade da área da comunicação. A Internet é por si só comunicação, é uma ferramenta importante da comunicação, ela é a ferramenta do século XXI. Então não tem como não discutir.

C-2007: Fugindo um pouco do tema, mas reforçando o que tu falasse durante a entrevista, em 2008 a ECOS da Universidade Católica de Pelotas completa 50 anos. Qual o balanço que tu podes fazer do desenvolvimento da Escola que tu vivenciasse?

JS: O que eu posso falar, obviamente dos últimos anos que estou aqui como professor na Ecos e do tempo que passei como aluno até hoje, é que houve uma evolução muito grande. Eu acho que a Escola de Comunicação da Católica acompanhou a própria evolução da comunicação e a própria evolução do mundo. Então, está dentro de um parâmetro absolutamente interessante, condizente com a nossa realidade. Assim, o fato de eu ter acompanhado a evolução, estou bastante satisfeito.

2º DIA

Segundo dia do Celacom é marcado por grandes nomes de comunicadores do Brasil

por Rebeca Recuero

A manhã de terça-feira do XI Colóquio Internacional sobre a Escola Latino Americana de Comunicação (CELACOM) inicou às 9h da manhã com a segunda mesa redonda denominada de “Gêneros Midiáticos: formatos impressos e audiovisuais”, coordenada pelo professor da Pontífice Universidade Católica de Porto Alegre (PUCRS), António Hohlfeldt.

A mesa foi marcada por uma discussão referente a estes formatos jornalísticos que envolvem tanto o meio televisivo, como o meio impresso. Ela foi aberta pelo professor da Universidade Federal de Natal (UFRN), José Carlos Arochi que iniciou falando sobre os gêneros e formatos na televisão. Logo depois, a professora da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Ana Regina Barros Rêgo Leal, falou sobre os gêneros no jornal impresso.

A segunda mesa redonda do CELACOM também teve como expositora, a professora da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Najara Ferrari Pinheiro, que abordou o tema dos gêneros e formatos na construção de produtos midiáticos. Por fim, ela foi concluída pela professora da Universidade do Vale do Sinos (UNISINOS), Elizabeth Bastos Duarte, que expôs ao público uma visão dos gêneros atuantes na forma de controle dos sentidos.

Pela tarde, o CELACOM centrou-se no campus I da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), onde foram apresentados diversos trabalhos oriundos de iniciação científica e pesquisas acadêmicas produzidas pelos pesquisadores em comunicação social.

Pela noite, o congresso teve a participação do músico Marquinhos Brasil que ofereceu um repertório que alegrou a noite dos congressistas e palestrantes.
A finalização do dia ocorreu com o segundo colóquio do CELACOM que teve como tema o “Pensamento Comunicacional Latino-americano: As ideias pioneiras de Luiz Beltrão e Paulo Freire”, sob a coordenação do professor da UNISINOS, Pedro Gilberto Gomes. O colóquio contou com a participação dos expositores Valério Brito (professor da UNISINOS), Ana Carolina Temer (Universidade Federal de Goiânia) e António Hohlfeldt (PUCRS).

ATRATIVOS

Doces pelotenses chegam no Celacom

por Rebeca Recuero

O XI Colóquio Internacional sobre a Escola Latino Americana de Comunicação (CELACOM) teve um “gostinho bem pelotense” na noite de terça-feira, dia 8.

Ele foi contemplado com a presença da confeitaria Berola que trouxe uma variedade de doces para serem vendidos e apreciados pelos comunicadores participantes do CELACOM.

O estande foi aberto pela tarde, durante a apresentação dos Grupos Temáticos que aconteciam no campus I, e tem a pretensão de permanecer até o final do congresso com a finalidade (além das vendas) de apresentar o famoso doce de Pelotas aos estrangeiros latino-americanos que estão participando do CELACOM.

A confeitaria tem mais de 20 anos e é considerada uma das mais famosas da cidade de Pelotas. O seu nome é uma homenagem a doceira que foi considerada uma das mais famosa da cidade, a Sra. Berolina Luschke Bammann (conhecida como Dona Berola).

Para saber mais sobre os DOCES DE PELOTAS, clique aqui.

INFORMAÇÕES

Comissão organizadora

por Jerusa Michel

Estamos no segundo dia do XI CELACOM e não se falou ainda na equipe organizadora. Pois bem, este texto tem como objetivo nomear os personagens que fizeram este evento acontecer e que estão de parabéns, apesar de possíveis contratempos e algumas falhas. Esse pessoal se dispôs a realizar um evento grandioso, de destaque no cenário acadêmico, trazendo autoridades nacionais e estrangeiras e atraindo olhares para o sul do país. Pelotas nunca teve um evento científico desse porte e a equipe merece todo o reconhecimento.

A comissão organizadora do XI CELACOM tem como coordenador local o professor da Escola de Comunicação Social da Universidade Católica de Pelotas, Antonio Luiz Oliveira Heberlê e como coordenador nacional o professor José Marques de Melo. Coordenando os grupos temáticos estão o professor Sadi Sapper, na área de jornalismo, a professora Elisa Piedras, na área de Publicidade e Propaganda, a professora Margareth Michel na área de Relações Públicas, o professor Marco Medronha na área de Linguagem das mídias, o professor Fábio Cruz na área de Pensamento Comunicacional Latino-Americano, o professor Carlos Leonardo Recuero na área de Gêneros Comunicacionais, o professor Antônio Herbelê na área de Comunicação e Divulgação Científica, o professor Jovino Pizzi na área de Ética e Responsabilidade Social na Mídia, a professora Raquel Recuero na área de Tecnologias da Informação e Comunicação e por fim a professora Ângela Treptow Sapper na área de Comunicação e Educação.

Os demais professores da Escola de Comunicação Social envolvidos na organização do evento são: Jairo Sanguiné Júrnior (diretor da ECOS), Cristina Porciúncula e Michael Abrantes Kerr. Também participam da comissão organizadora os integrantes da Agente - Agência Experimental de Publicidade Fernanda da Costa Morales, o professor Miguel Mishuo Watanabe, Fernanda Bassi, Gabriel Bulcão, Felipe Holman e Zhiago Garcia.

Não esquecendo de personagens que tem um papel fundamental no evento estão os alunos que integram a equipe de apoio Agni Mello Gonçalves, Alessa Silva Rovere, Carolina Simões Silveira, Fábio Marques Belém, Gabriela Torales Coelho, Gabriela da Silva Zago, Gláucia Quintana Cardozo, Bárbara Ávila Krüger, Francisco Pimentel Ifarraguirre, Lara Böhrm Borges, Helem Feris Fonseca, Jandré Corrêa Batista, Solano Ferreira, Thiago Bergmann Araújo, Bianca Gonçalves Leal, Edyd B. Junges, Éder Simões Uria, Lita Medeiros, Mateus Cardozo, Margô Bueno Bendjouya, Mariângela Fonseca da Paz e Viviane Matarredonda.

Com certeza, a partir da iniciativa dessas pessoas, Pelotas pode sediar esse importante evento e entrar no mapa acadêmico nacional. A eles o nosso agradecimento por essa oportunidade.

ATRATIVOS

Atração cultural aquece o Celacom 2007
Show de Marquinhos Brasil antecede colóquio 2

por Fabiana Caldas

O cantor e compositor Marquinhos Brasil animou os congressistas na noite de ontem (terça-feira) com músicas de autoria própria a clássicos da MPB. “Eu me sinto honrado”, vibrou ele, que acredita que espaço em eventos como estes é que valorizam a música brasileira.

Apesar da pequena participação no começo da noite, Marquinhos reteve a atenção de um público especial. “Eu não estava tocando para qualquer público, é uma questão de nível social e cultural. E o mais importante é que eu senti essas pessoas prestando atenção na minha proposta”.

Marquinho, além de mestre de capoeira, é um defensor da música como arte, como liberdade de expressão e não como comércio e objeto de lucro. Mais do que momentos de descontração, o show foi um encontro de música de qualidade com um público de qualidade. Assista aqui.

Veja também o clipe da música Com as próprias mãos de autoria de Marquinhos Brasil.


"Clipe de Com as Próprias Mãos"



Apresentação no Celacom

NOTA

Celacom 2008

por Fabiana Caldas

O Celacom 2008 ainda não tem data nem local confirmados, mas segundo um dos organizadores da Cátedra Unesco, José Marques de Melo, a grande probabilidade é de que o colóquio aconteça novamente na Universidade Metodista de São Paulo, em São Bernardo dos Campos. "O Celacom vai voltar para o berço", disse ele. O encontro acontece sempre no primeiro semestre, a previsão é para os meses maio ou junho. O tema também não foi definido.

2º DIA - GT's

Pesquisas acadêmicas estão em ênfase no Celacom 2007

por Rebeca Recuero

O XI Colóquio Internacional sobre a Escola Latino Americana de Comunicação (CELACOM) pôde contar com um grande número de participantes dos Grupos temáticos (GT’s) nesta tarde de terça-feira (segundo dia do congresso).

Os grupos temáticos foram divididos em quatro salas onde diversos alunos de graduação, pós-graduação e pesquisadores puderam compartilhar idéias e colocar questões referentes à atualidade do jornalismo em pauta.

Dentro do Grupo temático 4, denominado de “Géneros Comunicacionais: Formatos e Tipos Latino-Americanos”, tivemos as pesquisas de iniciação científica dos alunos de Jornalismo da Escola de Comunicação Social (ECOS) da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Rafael Varela e Rebeca Recuero. Ambos apresentaram trabalhos com o tema central voltado ao estudo das redes sociais sob a orientação da professora da ECOS, Raquel Recuero.

Dentro do GT 4, tiveram mais 10 pós-graduandos e pesquisadores já formados apresentando trabalhos de pesquisas acadêmicas envolvendo temas desde “a moda dos blogs e a sua influência na cibercultura" (apresentado pela mestranda da Universidade do Tuitui do Paraná, Aletéia Ferreira Vasconcellos), ao “gênero como mediação entre produtores, texto e consumidores de programas de televisão” (apresentado pelo professor da Universidade Federal de Santa Catarina, Fernando Arteche Hamilton).

Devido ao grande número de participantes inscritos no GT 4, o grupo foi dividido em duas salas, das quais tiveram a coordenação de dois professores da ECOS da UCPel, Carlos Recuero e Fábio Cruz. Os outros GT’s também tiveram a expectativa superada pela grande participação do público participante do CELACOM.

ENTREVISTA

Entrevista: AnaMaria Fadul

por Carolina Graziadei

Entrevista com Anamaria Fadul, professora titular da Universidade Metodista de São Paulo e Presidente do Conselho Curador da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, falando sobre o descuido que os cursos de Comunicação Social têm com relação aos fenômenos televisivos da atualidade.

Confira em nosso podcast!

ENTREVISTA

Entrevista: José Marques de Melo

por Valério Cabral

O professor doutor José Marques de Melo, t itular da Cátedra da UNESCO para Comunicação e coordenador geral do Celacom, participou de uma mesa redonda na abertura do evento no auditório do Campus I, ontem à noite. Ele falou sobre o desenvolvimento e as diferenças da comunicação na América Latina em relação a outros continentes. Em uma entrevista ao blog Celacom-2007, Melo destacou, dentre outros assuntos, a importância do Celacom 2007 na cidade de Pelotas e fez ainda uma breve avaliação dos cursos de Comunicação Social do País.

Ouça no nosso podcast!

Conheça um pouco da história do professor José Marques de Melo aqui!

ENTREVISTA

Entrevista: Antônio Heberlê

por Francisco Lima

Nossa equipe entrevistou o professor do curso de Comunicação Social da Universidade Católica de Pelotas, e também um dos organizadores do Celacom deste ano, Antônio Heberlê. Ele nos falou sobre a idéia de trazer o Celacom à cidade, e também fez uma breve fala sobre as impressões do primeiro dia do envento.

Confira no nosso podcast!

EXPOSIÇÃO

Celacom conta com exposição de fotos de alunos da UCPel

por Rebeca Recuero
Fotos: Paulo Azambuja
Coordenada pelo professor de fotografia da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Carlos Recuero, a exposição de fotos denominada de “A Ilha dos Marinheiros” está em amostra até o final do XI Colóquio Internacional sobre a Escola Latino Americana de Comunicação (CELACOM) no hall de entrada do campus II. Ela conta com mais de 100 fotos oriundas de alunos que fazem parte do projeto fotográfico “Ilha dos Marinheiros”.

O trabalho tem o objetivo de mostrar a visão dos alunos, através de imagens, da vida dos moradores da Ilha dos Marinheiros, que está situada no município de Rio Grande. O projeto busca permitir que o acadêmico de comunicação social possa buscar a compreensão do processo de comunicação (por meio de imagens) das comunidades que ainda não sofreram a influência total dos processos de globalização, como é o caso da Ilha dos Marinheiros.,

“Atualmente, o projeto conta com uma média de 30 alunos que se reúnem semanalmente para discutir os métodos antropológicos e fotográficos que serão utilizados quando forem na Ilha para fotografar a história das pessoas que ali habitam”, disse o coordenador do grupo e da amostra, professor Carlos Recuero.

O projeto funciona desde 1999 e partiu de um trabalho realizado por alunos da Escola de Comunicação Social (ECOS) da UCPel que começaram a interessar-se pela comunidade da Ilha dos Marinheiros, após a visita (de um deles) ao local. Assim, foi levada a proposta de iniciar-se uma pesquisa fotoetnográfica da região que foi, então, abraçada pela ECOS sob coordenação do professor Recuero.

NOTA

Resquícios do caos aéreo no país atrapalharam o primeiro dia do Ceolóquio

por Fabiana Caldas

José Marques de Melo da Cátedra da Unesco (SP) não pôde coordenar a primeira mesa redonda da programação devido a um atraso no vôo. Marques de Melo foi muito bem substituído por Maria Cristina Gobbi também da Cátedra da Unesco.

Outro transtorno foi a ausência do professor César Bolaño da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que também se deu em função dos problemas no céu brasileiro.

HOMENAGEM

Reitor homenageia aluna integrante da cobertura especial do Celacom

por Fabiana Caldas

Na palestra de abertura do Celacom 2007, o reitor Alencar Proença em seu discurso de agradecimento, homenageia alunos da Escola de Comunicação Social e escolhe a repórter desta equipe, Carolina Graziadei, como representante da homenagem.

Carol fez recentemente uma entrevista com Alencar sobre o posicionamento da reitoria frente ao Colóquio e também sempre foi muito ligada aos projetos da universidade, como o Chegue mais Perto. Mesmo assim ficou muito surpresa. “Eu não imaginava que isso aconteceria, levei um susto, mas adorei o reconhecimento. Preciso agradecer a ele”, disse ela.

O diretor da Escola de Comunicação Social, Jairo Sanguiné, que estava ao lado do reitor na mesa, também se surpreendeu com a atitude do magnífico. Jairo ficou orgulhoso da aluna,“essa é a nossa Carol”, brincou ele. Além do diretor outros professores e colegas a parabenizaram por ter sido lembrada pelo reitor. Nós da equipe de cobertura do Celacom ficamos felizes em ter a Carol no nosso time. Parabéns!

2º DIA - MESA REDONDA 2

Café da manhã com muitas idéias nessa terça-feira
Mesa Redonda 2 propõe importantes reflexões sobre generos midiáticos

por Fabiana Caldas

Apesar dos 40 minutos de atraso, o debate da manhã de hoje apresentou novas idéias no campo dos gêneros midiáticos nos formatos impressos e audiovisuais. A mesa sob a coordenação de Antônio Hohfeldt (PUC/RS) contou com a presença dos expositores José Carlos Aronchi (UFRN - Natal), Ana Regina Barro Rêgo Leal (UFPI - Teresina), Najara Ferrari Pinheiro (UCS - Caxias do Sul) e Elizabeth Bastos Duarte (UFSM - Santa Maria).

A partir do ponto de vista da produção, Aronchi se deteve à mídia televisiva, suas funções e anseios. Apresentou a necessidade de adequar o gênero ao formato (vice-versa) e ambos a grade de horários, programação. Os bastidores ganharam destaque, apontados como parte fundamental da mensagem que se deseja transmitir. “O jornalista que só pensa naquilo (informação) é diferente do produtor, que precisa pensar em tudo”, disse ele em tom divertido.

A segunda palestrante da manhã, Ana Regina, aprofundou-se nos gêneros impressos, através de uma análise dos diversos autores e suas respectivas classificações do texto jornalístico e de um estudo de discurso de alguns importantes jornais e revistas nacionais. A expositora falou ainda da dificuldade de conciliar a produção de informação com as estratégicas mercadológicas, que muitas vezes obrigam os jornalistas a fazerem certas concessões. “O interesse público é diferente do interesse do público”, problematizou ela com seu sotaque do norte do país.

Já a gaúcha da área das Letras, Najara Pinheiro, desconstruiu o texto televisivo no universo feminino e apontou a importância da linguagem verbal e não-verbal na TV. Essa diferenciação assume o tom da mensagem que a emissora quer passar.

E por fim, a semioticista Elizabeth Duarte buscou uma maior aproximação dos gêneros com o mercado. “Gêneros além de guias de produção, são também guias de leitura e uma forma de controle dos sentidos”, explicou ela. O merchandising ganhou espaço na explanação, uma vez que segundo ela, já faz parte da estrutura narrativa dos programas, bem como todas as questões que seguem as lógicas de mercado. “A TV funda seus próprios gêneros, de acordo com as audiências”, completou.

LANÇAMENTO

José Carlos Aronchi de Souza lança hoje às 18h os livros “Gêneros e formatos na televisão brasileira” e “Seja o primeiro a saber – a CNN e a globalização da informação”. O lançamento acontece no saguão do auditório central da UCPel. As obras serão distribuídas pela Livraria UCPel – Educat.

LEITURA

Fotos: Nathalia King
Livros também são atrativos do Celacom

por Nathalia King

Entre todas as palestras, grupos de trabalhos e discussões do CELACOM 2007 existe outro atrativo para todos os participantes que passam pelo saguão do auditório: as livrarias Inay Livros e a São José.

Com o objetivo de vender livros voltados para a Comunicação e para os temas do evento (Comunicação na América Latina), Jorge Menezes, vendedor da Inay Livros, conta que os mais vendidos até então são: “Diversidade Cultural e Mundialização” de Armand Mattelart; “As estratégias sensíveis” de Muniz Sodré e “Pensamento Comunicacional latino americano”, da palestrante do evento Maria Cristina Gobbi.

De acordo com ele, no 1º dia de vendas no CELACOM, a média ficou abaixo da esperada, pois muitas pessoas deixam os livros reservados para retirar perto do final do evento. “Mas, a nossa expectativa de vendas até quarta feira é de regular a boa”, disse o vendedor.

Diferentemente da Inay Livros, a Livraria São José levou para o evento livros diretamente ligados com Comunicação e, de acordo com o vendedor Gabriel da Costa, a maior procura tem sido por livros sobre mídia e tecnologia, além das teorias do jornalismo.

A média de vendas da São José no 1º dia foi de aproximadamente R$ 500,00, o que, para Gabriel é baixo. “Esperamos que até o fim do evento a gente chegue aos R$ 3,000. Acredito que será possível, pois, somente hoje de manhã já chegamos ao valor do dia de ontem e, geralmente o último dia é sempre o melhor”.

CONTATO

Mesmo compartilhando o espaço no mesmo evento, as duas livrarias chegaram até o CELACOM de maneiras completamente diferentes. Durante o Intercom em Brasília, ano passado, a Inay Livros - participante há muitos anos do Colóquio em São Paulo -, manteve contato com os organizadores do evento aqui na cidade através do e-mail, para que assim, participassem também da edição no Rio Grande do Sul.

Já a Livraria São José, os responsáveis entraram no site da UCPel e descobriram o evento, entrando assim em contato com a comissão. Pois, de acordo com o vendedor, a loja está sempre procurando trabalhar em eventos voltados para a educação.

DESCONTOS E PROMOÇÕES

Na Inay Livros, você encontra as seguintes vantagens: livros com preço mais baixo e com um prazo maior, de até 60 dias, ficando melhor tanto para o professor como para o aluno.

Na Livraria São José, os professores possuem 10% de desconto e existem diversas facilidades de pagamento como cartão e cheque, tudo a 30 dias e sem juros.

LANÇAMENTO

E hoje, confiram a partir das 18 horas no saguão do auditório Jandir Zanotelli, o lançamento de diversos livros sobre Comunicação com a presença de seus autores. Confiram!