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quinta-feira, 10 de maio de 2007

3º DIA

Último dia de Celacom II

por Rodrigo Guidotti

Analisando o pensamento comunicacioal latino-americano através das idéias inovadoras e Eliseo Véron na noite do dia nove, Elisabeth Gonçalves da Metodista de São Paulo, falou da análise da revista de divulgação científica Scientific American Brasil tendo como base as idéias de Verón.

Já o convidado Fausto Neto, da universidade do Vale dos Sinos (Unisinos) comentou que um autor se faz de sua rotina e de sua praxe, disse ainda que Verón continua trabalhando coisas aparentemente simples, ou seja pequenos objetos que trazem pormenores da comunicação midiática. Segundo ele muitos jovens pesquisadores, desprezam essas coisas simples, mas são elas mesmas que acabam se transformando em resultados verdadeiramente reconhecidos como obras primas.

Giovandro Marcus Ferreira da Universidade Federal da Bahia, falou do assunto que ele titulou como as dez idéias inovadoras de Verón, questões como análise do discurso, a noção de contrato de leitura e a discursividade no fotojornalismo entre outras coisas disse que esse mesmo autor inova a partir do trabalho de um tema central como enunciação.

O último a falar antes do autor homenageando dessa edição do Celacom foi Sebastião Geraldo Nunes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que falou de sua formação profissional tanto no Brasil como na França onde conheceu e tomou ciência da importância e relevância desse autor para a área de ciências da comunicação.

Logo após Verón foi aplaudido de pé e discursou brevemente abordando questões como contrato de leitura, interação com suportes como a tv e suas esperiencias no clarin www.clarin.com.ar.

3º DIA

Último dia de Celacom

por Rodrigo Guidotti

MANHÃ

No último dia do Celacom 2007 a seqüência de palestras começou com alguns minutos de atraso, onde quem coordenou a mesa foi a professora da Escola de Comunicação Social da Universidade Católica, professora Raquel Recuero.

Na mesa convidados conhecidos na área da comunicação como: Alex Primo, Elias Machado e Vinícius Andrade Pereira da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e da Escola Superior de Publicidade e Marketing (ESPM).

VINÍCUS PEREIRA

Pereira iniciou uma apresentação dos fenômenose aspectos da cultura midiática contemporânea conhecida como “cultura Digital Trash”, apresentando um vídeo onde um garoto com pseudônimo Rafinha vive e desfruta de um mundo cheio de tecnologias, ou seja, uma representação de boa parte da juventude global que vive e se beneficia diariamente dessas evoluções nos suportes midiáticos existentes e em constantes mutações.

Pereira ainda falou de questões como liberação do pólo de produção de bens simbólicos, ressaltando que existe um absurdo de produçõesconsideradas lixo virtual que acabam emergindo como cultura através da web.

Um método de repetição de determinadas idéias e frases está emergindo nos suportes virtuais e colocando de lado diversos meios tradicionais de publicidade como banner´s e outras coisas mais, os chamados Spoof´s de uma tradicional cerveja norte-americana, de uma marca de refrigerante conhecida mundialmente e de heróis em quadrinhos também foram mostrados, deixando como idéia básica as novas estéticas e um novo universo de experimentação.

Encerrando sua explanação Pereira ainda comentou que as escolas de comunicação não devem ser desqualificadas, mas sim fazerem uma análise fina em cima dessas produções tituladas como “lixo digital”.

ALEX PRIMO

O segundo a falar nessa manhã foi Alex Primo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que apresentou slides com a premissa básica de discutir a micromídia digital, “estrutura midiática contemporânea”. Ele ressaltou que Trash não é lixo e que hoje existem filmes assim denominados. Ele ressaltou que lixo seria uma visão moderna e Digital Trash, pós-moderna.

Levantou uma questão interessante que foi a seguinte, poucos recursos para a produção são considerados lixos, mas o que dizer de produções com recursos enormes e que de certa forma não passam de porcarias como o programa do Gugu, do Ratinho e do Raul Gil. Primo ainda considerou de fundamenal importância o conhecimento das micromídias para o conhecimento da sociedade do século XXI.

ELIAS MACHADO

O terceiro e último convidado a dialogar sobre gêneros digitais e tipologias na internet, foi Elias Machado da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que ressaltou a importância essencial de pensar os gêneros e as tipologias historicamente, suas complexidades e modificações.

Machado disse ainda que “o homem é um ser tecnológico por excelência”. Chamou atenção para os cuidados como o fascínios com as novas tecnologias e práticas sociais de produção de comunicação e informação para que se possa interpreta-las, dizendo ainda que a universidade mais do que fazer uma crítica da prática deve interpreta-la a luz das circunstâncias históricas do momento e formular práticas efetivas e realmente funcionais nas mudanças que ainda necessitam ser feitas nessa área.

TARDE

No período da tarde assim como no dia oito, aconteceram os grupos temáticos (GT´s) que foram sediados no Campus II e tiveram vários temas como: Relações Públicas, jornalismo, publicidade e Propaganda, rádio, televisão, cinema e novas tecnologias, comunicação, educação e linguagens comunicacionais.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

3º DIA

As idéias inovadoras do argentino Eliseo Verón
No último dia de Celacom o teórico fala sobre as suas teorias comunicacionais

por Nathalia King

Com a frase "me sinto muito bem no Brasil", Eliseo Verón, iniciou sua trajetória de sucesso no Celacom 2007. No último dia de exposições, logo após as apresentações de professores e teóricos da comunicação discutindo o tema "Pensamento Comunicacional Latino-americano: as idéias inovadoras de Eliseo Verón", o próprio encerrou o colóquio dando a sua palavra.

Antes de tudo, elogiou Antônio Heberlê, o famoso Toninho, que foi um dos organizadores do evento. "Sempre que as coisas estavam no lugar, ele sumia, mas quando surgia algum problema, lá estava ele", disse Verón em tom de brincadeira.

O pesquisador iniciou falando sobre alguns de seus trabalhos, inclusive na rede do jornal argentino Clarín, que possui também outros produtos, como revistas. Ele afirma que o pensamento dos engenheiros está relacionado diretamente com o pensamento dos comunicadores, pois, atualmente, entramos em um novo paradigma da Comunicação, com um modelo mais matemático, com mensagens e ruídos.

Além disso, ele lançou a idéia de um novo caráter da comunicação não linear, onde a mensagem chega para a sociedade de uma maneira mais complexa nos lugares que possuem mais mídia. Assim, a produção busca uma convergência, o que, de acordo com Verón, tende a acentuar nos próximos 20 e 30 anos.

Ele divide a Comunicação em dois momentos, o Campo Conceitual, onde cita teóricos como Pierce, que pesa no abstrato; Culioli que ignora a língua e a fala, dando valor somente à linguagem, pois esta é um "sistema deformável e flexível"; e prevê uma articulação da teoria dos sistemas auto organizantes com a linguagem da enunciação e uma re-leitura do próprio Pierce.

O outro momento seria o Campo Eletrônico, o mais discutido atualmente no mundo. Aqui, indo de acordo com diversos teóricos que já estudamos em aula, o pesquisador diz que o Jornalismo Eletrônico é diferente do Jornalismo atual, o tempo real da TV está desaparecendo aos poucos e, que, a TV terá um fim próximo. Assustador, não? Sim, mas ele diz que estes são assuntos que ainda devem ser repensados, pois se necessita de muito mais trabalhos do que já existe hoje.

Por fim, Verón fala do desejo de abrir um Centro de Comunicação e Semiótica no Nordeste, mais precisamente no Estado de Alagoas com o objetivo de reflexão, pesquisa e formação. Pois, de acordo com ele, as universidades estão em inércia atualmente e assim não é possível inovar. "Precisamos de instituições autônomas, a evolução exige pensamentos novos", afirma ele.

Muito aplaudido, ele levanta-se, agradecendo ao público e deixando como mensagem a proposta de muito trabalho pela frente.

Para refletir:

"Toda cultura está num pote de iogurte".
Eliseo Verón

3º DIA

Pensamento Comunicacional Latino Americano: As idéias inovadoras de Eliseo Verón

por Jerusa Michel

Chegamos ao último dia do XI CELACOM e talvez o mais esperado de todos. Grandes autoridades se juntaram para discutir o “Pensamento Comunicacional Latino Americano e as Idéias Inovadoras de Eliseo Verón”, personalidade homenageada do CELACOM 2007.
Argentino, com formação basicamente filosófica e sociológica, Eliseo Verón representa um pensamento inovador em comunicação na América Latina. Caracterizado pelo ecletismo, por atuar em diferentes campos, e pela polêmica por buscar um novo rumo para as ciências sociais e criticar idéias sólidas.

Em seu pensamento, Verón traz a ideologia aplicada à sociologia para a análise da comunicação e, da preocupação pela interpretação ideológica dos meios, passa a buscar uma síntese teórica entre psicanálise, marxismo e lingüística estrutural. Inicialmente estuda a comunicação ligada a fatores políticos e dedica-se ao estudo dos discursos sociais nos meios de comunicação: imprensa, rádio e televisão.

As práticas sociais de diversos tipos, tanto políticas, como religiosas e ocupacionais, têm sido transformadas pelos meios, mas o argentino mostra-se resistente à aceitação da idéia de “poder total” dos meios e prefere enxergá-los como fenômenos em si mesmos. Para o estudioso, a televisão cumpriu nos últimos vinte anos um papel civilizador extraordinário, mas com a crescente fragmentação do público, a era das grandes audiências se acabou. Segundo Verón, um suporte de comunicação não é bom nem ruim. Depende da forma como é utilizado e, com a fragmentação do público, pode-se supor que os meios desempenharão outras funções.

Tão grande pesquisador só poderia ser ter suas idéias abordadas por grandes nomes da comunicação como Antonio Fausto Neto, Elizabeth Gonçalves, Giovandro Marcos Ferreira e Geraldo Nunes que apresentaram de forma brilhante conceitos e idéias sobre o assunto em questão. Como fechamento brilhante do evento, nada melhor do que ouvir o próprio Verón e suas idéias inovadoras.

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3º DIA

Mundo Digital toma conta do CELACOM

por Rebeca Recuero

A manhã deste último dia de CELACOM foi focada diretamente no mundo virtual. Grandes nomes de pesquisadores da cibercultura estiveram presentes na terceira mesa redonda do congresso, coordenados pela professora doutora Raquel Recuero da Universidade Católica de Pelotas (UCPel). O tema que norteou as exposições foi “Gêneros Digitais: tipologias da Internet”.

Abrindo a mesa, o Professor Vinícius Andrade Pereira da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), abordou o fenômeno da cultura midiática da atualidade denominado de “Digital Trash”. Vinícius apresentou a importância da compreensão das novas linguagens midiáticas provenientes da juventude do século XXI que propõem novas formas de comunicação efetiva, exigindo assim, que os profissionais das áreas de publicidade e propaganda e jornalismo adaptem-se ao meio virtual.

Logo após, entrou em cena o professor doutor Alex Primo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) que abordou (conjuntamente com uma bela apresentação visual) a Micromídia Digital. Ele apresentou uma nova forma de se compreender o suporte Digital, onde defende que, na mídia digital, há uma busca pela reputação do indivíduo e não pela fama, como é o caso das mídias dos meios de comunicação de massa. Para Alex, o “sentir em conjunto é um fator de socialização”.

O último palestrante, o professor doutor Elias Machado da Universidade federal de Santa Catarina (UFSC), apresentou a importância da pesquisa no jornalismo digital, enfatizando o fenômeno da adaptação dos tradicionais meios de produzir informações dentro do ciberespaço. Ele defendeu que “não é necessário que toda a informação seja remodelada em formas especiais no ciberespaço, pois, se elas existem ainda nas formas tradicionais, é porque alguém as lê.”

Após as exposições, ocorreu o debate entre palestrantes e o público ouvinte, gerando uma produtiva e interessante conversa sobre a cibercultura e a sua situação atual. Por fim, Alex Primo finalizou a mesa dizendo que “a cibercultura não pode ser entendida como o jornalismo tradicional”.

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